Tudo que levo

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Eu não nego
As dúvidas
Não nego

Eu atravesso
Beiras
Todo santo dia
Meu caminho
É declive
Como posso negar?

Possibilidades
Sussurram
Em todas
As esquinas

Mas escolho
As curvas
Que vou
Me embrenhar

Seus pêlos
Tão mutáveis
Eu cultivo
À distância
Pra não me perder

Você fecha os olhos
E eu abro os meus
Pra você

O que vejo
E registro
É tudo que levo
Dessa vida.

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Mariana Madelinn

Escritora de ficção especulativa, poeta por necessidade, reclamona por opção e uma bi-romântica incurável. | ela/dela